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Foto: Eduardo Cunha/Divulgação |
Explorando livremente as veredas do instrumental brasileiro, com referências aos contornos melódicos do choro, da música nordestina, da música andina e de trilhas sonoras do cinema, o bandolinista, arranjador e regente pernambucano Rafael Marques lançou Sereno, seu segundo álbum como bandleader, no último dia 20 de maio. O projeto chegou ao streaming a convite do selo recifense Boa Vista Jazz Records, reunindo músicos como Alexandre Rodrigues (sopros), Julio Cesar Mendes (sanfona) e Marcio Silva (bateria), amigos e parceiros musicais de longa data. A produção foi realizada com recursos da Lei Aldir Blanc de Pernambuco.
Gravado "ao vivo" no Fábrica Estúdios entre os dias 8 e 12 de março deste ano, a produção prezou pela expressividade libertária da improvisação. É o que pode ser ouvido em Flora, uma valsa-choro de melodia sinuosa, ou em Um lugar, com influência portenha em notas, pausas e improvisos. Das oito faixas que compõem o disco, seis são de autoria de Rafael Marques e duas, de Alexandre Rodrigues, que optou por trazer referências do sincretismo musical do maestro pernambucano Moacir Santos em Moacirzando nº1 e Moacirzando nº 4.
Rafael Marques é conhecido no cenário musical do Recife por trabalhos realizados com a Orquestra Malassombro, com o grupo Saracotia e também com sua companheira, a cantora Isadora Melo. Por sinal, Sereno é também o nome do seu filho com a cantora. "Ao produzir o disco acompanhado de velhos amigos, o bandolinista faz do objeto artístico não só uma obra, mas também uma arquitetura de morar. Uma casa brasileira, simples, aerada e luminosa, sempre disposta a acolher o eterno peregrino dos sendeiros evanescentes da música: o ouvinte", diz o texto de divulgação da Boa Vista Jazz Records.
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