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Mozart Santos (Foto: Bia Ferrer/Divulgação) |
A exposição Céu Aberto - O Distanciamento entre o Ser Humano e a Natureza, mostra de arte contemporânea com projeções realizadas em paredões urbanos de São Paulo, será realizada entre os dias 22 e 29 de abril, unindo o pensamento crítico, arte e tecnologia para cultivar a reflexão sobre a relação do ser humano com o meio ambiente, através de obras inéditas e exibidas ao vivo, para todo o Brasil, diariamente através do Youtube (youtube.com/CÉUABERTO), às 20h, onde também será apresentado um mini doc com os artistas. Os pernambucanos Mozart Santos, Guto Barros e Lourival Cuquinha participam da Mostra que reúne diversos nomes da arte nacional.
Roberta Carvalho (PA), Mozart Fernandes (SP) e Marta Rijo (Portugal), VJ Suave (SP), Sitah (SP) e Catharina Suleiman (SP) também integram o projeto, que tem cerca de 16 projetores de 20 mil lúmens. Oito paisagens de concreto serão modificadas com aparições que irão surpreender as pessoas e levantar o debate sobre questões de relacionamento com as árvores, paisagens, animais e rios, reforçando que “é preciso mais que cuidar, precisamos coexistir de forma positiva, porque há uma retroalimentação de um processo muito sensível entre as partes, e a existência de um afeta no outro diretamente”, lembra o pernambucano Mozart Santos, idealizador da Mostra.
Na quinta-feira (22), o pernambucano Mozart Santos abre a exposição com um uma série de fotografias de folhas de plantas das praças de seu bairro, o Ibura - Recife, que transformadas em um vídeo, fazem uma reflexão sobre as queimadas e a lenta combustão dos seres vivos que nos proporcionam o ar para respirar.
O VJ Suave exibe na sexta (23), a obra A Natureza Invade a Cidade, trazendo o questionamento da falta de vida natural nos grandes centros. No sábado (24), a paraense Roberta Carvalho fala sobre a sensível convivência dos seres humanos com os rios urbanos. Domingo (25), o designer Mozart Fernandes junto com a bailarina portuguesa Marta Rijo exibem uma performance de dança, sobre o ar e o sufocamento.
Na intervenção Silêncios, de Sitah exibida na segunda-feira (26), traz para a cidade de São Paulo traços da Floresta Amazônica. Com imagens da natureza se fundem ao corpo feminino indígena nos lembrando que somos um só organismo. Na terça-feira (27), a obra de Lourival Cuquinha mostra o que significa a palavra "grilagem" e nos lembra a série de ações predatórias que o Brasil sofre desde seu "descobrimento".
Catharina Sulleiman traz a delicadeza da natureza feminina para as paredes, através de uma obra feita por camadas, sonhos, memórias e arquétipos do feminino, que poderá ser apreciada na quarta-feira (28). Guto Barros que se apresenta no encerramento da mostra, na quinta (29), tem uma mirada poética entre caminhos e percursos naturais e artificiais e problematiza o equilíbrio entre eles através de uma performance de rua.